terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Comunismo na Etiópia

O comunismo na Etiópia
O regime que se seguiu sofreu vários golpes, rebeliões, secas em grande escala, e um problema de refugiados imenso. Em 1977, houve a Guerra de Ogaden, quando a Somália capturou a região de Ogaden inteira, porém a Etiópia só foi capaz de recapturar Ogaden após sérios problemas e graças a um afluxo maciço de equipamentos militares soviéticos e à presença militar de Cuba, da Alemanha Oriental e do Iémen do Sul no ano seguinte.
Centenas de milhares de pessoas foram mortas como resultado do Terror Vermelho, de deportações forçadas, ou da utilização da fome como uma arma contra o governo de Mengistu.O Terror Vermelho foi uma resposta ao que o governo chamou de "Terror Branco" - uma cadeia de eventos violentos e mortes supostamente causados pela oposição.Em 2006, após um longo julgamento, Mengistu foi considerado culpado por genocídio.

No início da década de 1980, uma série de períodos de fome atingiu a Etiópia, afetando cerca de 8 milhões de pessoas e levando um milhão à morte. Insurreições contra o governo comunista surgiram, em particular, nas regiões do norte de Tigré e na Eritreia. Em 1989, a Frente de Libertação dos Povos Tigrínios (FLPT) fundiu-se com outros movimentos de oposição para formar a Frente Democrática Revolucionária dos Povos Etíopes (FDRPE). Paralelamente, a União Soviética, sob as políticas de glasnost e perestroika, de Mikhail Gorbachev, começou a retirar-se do Mundo Comunista, marcando uma drástica redução na ajuda enviada por países do bloco socialista à Etiópia. Isto resultou em dificuldades econômicas ainda mais intensas e no colapso do militarismo, em face das investidas das forças das guerrilhas do norte. O colapso do comunismo em geral, e do Leste Europeu, durante as Revoluções de 1989, coincidiram com a paralisação da ajuda soviética à Etiópia em 1990. A visão estratégica de Mengistu rapidamente se deteriorou.

Em maio de 1991, as forças da FDRPE avançaram sobre Adis Abeba, e Mengistu exilou-se no Zimbabwe. Foi instituído um governo de transição da Etiópia, composto de um Conselho de Representantes de 87 membros e guiado por uma constituição de transição.
Em junho de 1992, a Frente de Libertação de Oromo retirou-se do governo. Em março de 1993, membros da Coalização Democrática de Povos do Sul da Etiópia também se retiraram. Em 1994, uma nova constituição foi escrita, formando-se uma legislatura bicameral e um sistema judicial.
A primeira eleição livre e democrática teve lugar em maio de 1995, quando Meles Zenawi foi eleito primeiro-ministro e Negasso Gidada, presidente, embora tenha havido suspeitas de fraude nas eleições. Essa suspeita é apoiada pela avaliação muito baixa de Zenawi na Etiópia.
Redação e Texto: Marcus García.
Fonte: Wikipédia.